Em um mundo onde as oportunidades financeiras se multiplicam, saber identificar estilos de investimento é fundamental para alcançar seus objetivos.
Ações de Crescimento são papéis de empresas com alto potencial de aumento de receitas e lucros futuros. Normalmente atuam em setores inovadores, como tecnologia, biotecnologia ou energias renováveis, e reinvestem a maior parte dos ganhos em expansão. Por essa razão, pagam poucos ou nenhum dividendo.
Já as ações de valor representam empresas consolidadas, negociadas abaixo do seu valor intrínseco. Esses papéis costumam apresentar fundamentos financeiros sólidos e distribuem dividendos regulares, atraindo investidores em busca de proteção de capital e estabilidade.
Entender as distinções entre esses dois estilos é o primeiro passo para montar uma carteira equilibrada.
Com esse comparativo, fica mais fácil definir qual abordagem combina com seu perfil e objetivos.
Na análise de ações de crescimento, os especialistas focam em métricas como taxa de crescimento de receita, lucro por ação e margens operacionais. O reinvestimento constante em inovação costuma indicar potencial de valorização acelerada.
Para ações de valor, são observados múltiplos de mercado como P/L (preço sobre lucro), P/VPA (preço sobre valor patrimonial), dividend yield e fluxo de caixa livre. Esses indicadores ajudam a avaliar se uma ação está subvalorizada.
Empresas como Tesla, Mercado Livre e Magazine Luiza ilustram bem o universo de crescimento. Entre 2010 e 2020, o índice Nasdaq 100 registrou retorno anualizado médio de 18% a 20%, superando diversos benchmarks globais.
Por outro lado, nomes como Itaú, Ambev, Coca-Cola e Johnson & Johnson representam a estratégia de valor. Embora o MSCI World Value tenha ficado atrás do MSCI Growth na última década, em ciclos de correção ou após bolhas especulativas, as ações de valor demonstram resiliência.
Avaliar pontos positivos e negativos de cada estratégia ajuda na montagem de uma carteira alinhada com seu perfil.
Ações de Crescimento:
Ações de Valor:
Investidores mais jovens, com horizonte de tempo prolongado e alta tolerância ao risco, tendem a se beneficiar de ações de crescimento. Já quem busca renda passiva estável, preservação de patrimônio e menor ansiedade frente às oscilações prefere apostas em ações de valor.
Períodos de juros baixos favorecem empresas de crescimento, pois reduzem o custo de capital e estimulam investimentos de longo prazo. Em contrapartida, ciclos de alta de juros ou instabilidade elevam a atratividade de ações de valor como refúgio para proteger o capital.
Para definir a estratégia ideal, reflita sobre:
Embora o Nasdaq 100 tenha liderado nos últimos anos, há momentos — como após o estouro da bolha das .com em 2000 — em que as ações de valor superaram as de crescimento. Entre 2020 e 2021, o setor de tecnologia bateu recordes, mas em 2022, com alta de juros, ações de valor mostraram maior resiliência.
Não existe uma estratégia absoluta; o sucesso depende de alinhamento entre perfil e cenário. Uma carteira mista, contendo ambas as categorias, costuma minimizar riscos e aproveitar oportunidades em diferentes ciclos.
Reavalie periodicamente seus investimentos conforme mudanças nos objetivos, no mercado e na sua tolerância ao risco. Assim, você estará sempre preparado para tirar o máximo proveito das ações de crescimento e valor.
Referências