Investir em matérias-primas pode parecer um desafio, mas conhecendo conceitos-chave e dados atualizados, qualquer investidor — iniciante ou experiente — encontra caminhos sólidos para diversificar sua carteira e aproveitar oportunidades.
Matérias-primas são bens intermediários essenciais na cadeia produtiva, como soja, milho, trigo, petróleo e minério de ferro. Esses insumos alimentam indústria, energia e agricultura, gerando valor em cada etapa.
No Brasil e no mundo, as commodities agrícolas e minerais são negociadas em bolsas nacionais e internacionais, com preços definidos pela oferta, demanda e fatores macroeconômicos. Entender esses mecanismos é o primeiro passo para quem deseja investir nesse segmento.
O agronegócio brasileiro exerce papel vital na economia. Segundo dados de 2025, agronegócio responde por cerca de 26% do PIB nacional, refletindo o peso do setor na geração de riqueza.
No primeiro trimestre de 2025, o PIB do agronegócio cresceu 6,49%, enquanto o setor industrial apresentou alta de 1,8% nos bens intermediários. Esses números demonstram a robustez de segmentos ligados às matérias-primas.
O Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária está VBP do agro projetado em R$ 1,58 trilhão, um crescimento de 9,1% em relação a 2024. Isso reflete a demanda interna e externa aquecida, sobretudo em mercados-chave como a Ásia.
A safra de grãos do país deve alcançar volumes recordes. Estima-se a estimada em 318 a 322 milhões de toneladas, com destaque para a soja, que pode chegar a 167 milhões de toneladas, impulsionada pelas exportações para a China.
O milho deve ultrapassar 120 milhões de toneladas, enquanto o trigo deve superar 8 milhões. Esse cenário reforça o papel do Brasil como provedor global de alimentos e insumos industriais.
A transformação digital impulsiona a agricultura 4.0, com automação, drones e análise de big data. Essas tecnologias aumentam a produtividade, reduzem desperdícios e tornam as operações mais previsíveis.
Além disso, cresce a valorização de matérias-primas ligadas a biocombustíveis e energia verde. A busca por matrizes limpas e renováveis tende a atrair investimentos de longo prazo e a reforçar a imagem de sustentabilidade do setor.
A volatilidade inerente ao mercado de commodities exige monitoramento constante e ferramentas de gestão de risco, como seguros agrícolas e hedge cambial. Investidores devem analisar cenários políticos, mudanças regulatórias e fatores climáticos.
Por fim, montar um plano de investimento sólido, com objetivos claros e estratégias de saída, é fundamental. Assim, é possível aproveitar a força econômica do setor de matérias-primas e construir uma carteira resistente às oscilações do mercado.
Referências